ATENÇÃO: ESTE TEXTO É DE APLICAÇÃO GERAL, TANTO A ENSAIOS DE SUPERFÍCIE QUANTO A SUBAQUÁTICOS.
Como bem sabemos, cada ensaio não destrutivo possui suas características próprias, suas vantagens e limitações.
Dessa forma, uma análise detalhada deve ser feita antes de qualquer definição, haja visto por exemplo as características dos materiais, espessura, geometria, acabamento, aplicação, criticidade, agilidade do processo, custos, equipamentos e profissionais necessários.
Certamente toda uma análise de engenharia técnica específica tem que ser criteriosamente elaborada para a definição do mais adequado conjunto de métodos de inspeção a ser utilizado.
O inspetor segue critérios pré-estabelecidos por documentos técnicos aplicáveis a inspeção, ou seja, procedimentos de inspeção, memoriais descritivos dos requisitos contratuais estabelecidos pelo cliente e/ou normas e documentos específicos complementares.
A definição do tipo de ensaio não destrutivo ou da combinação de métodos já é estabelecido pela engenharia de projeto, processo este que deve ser seguido rigorosamente pelo inspetor, através da interpretação de documentos específicos.
Dessa forma, a determinação do tipo de ensaio não destrutivo ou a combinação de métodos não cabe ao inspetor, este apenas executa a especificação do método de inspeção determinado.
Como referência básica, quando não existe um sistema de inspeção estabelecido (o que é muito raro) o inspetor deve ter o conhecimento necessário para uma eventual definição do tipo de ensaio, aplicável a uma determinada situação pontual e específica, características estas que devem ser perfeitamente dominadas pelos inspetores qualificados níveis 3 nas respectivas modalidades de inspeção.
De forma geral, sabemos que antes de qualquer tipo de ensaio específico ser executado, o ensaio visual é o método básico que deve ser aplicado, haja visto que aquilo que for visível deverá ser detectado, minimizando problemas de maior intensidade aos ensaios complementares.
Ensaios não destrutivos como por exemplo líquidos penetrantes e partículas magnéticas já são complementares ao ensaio visual, pois possuem características de detectar descontinuidades não visíveis ao olho humano.
No entanto, características especificas do objeto a inspecionar devem ser consideradas, pois os líquidos penetrantes por exemplo são de menor custo operacional, mais ágeis em alguns casos e até mais objetivos do que as partículas magnéticas, dependendo claro de diversas variáveis a serem consideradas.
Se o objetivo for detectar descontinuidades internas ao objeto em inspeção, os ensaios de gamagrafia / radiografia e ultrassom possuem características mais específicas, as quais vão permitir a detecção das mesmas.
Claro que essa ilustração é generalizada, pois as características específicas do objeto em inspeção, da quantidade de inspeções, da mão de obra profissional disponível, dos equipamentos envolvidos, do local de inspeção e ainda de outras diversas variáveis a serem consideradas são determinantes para a definição do tipo de ensaio mais adequado.
É importante destacar, portanto, que cabe ao inspetor seguir o processo de inspeção que define os métodos de inspeção a serem utilizados, já que cabe a engenharia de projeto especificar com base em normas específicas os métodos que devem ser utilizados.
Dessa forma fica caracterizado de forma evidente, que o inspetor qualificado deve aplicar o procedimento de inspeção de forma criteriosa, fazendo anteriormente ao seu trabalho a leitura e interpretação do documento e até de outros documentos complementares aplicáveis, evitando dessa forma desvios de conduta que possam trazer problemas ao processo utilizado.
Conclusão
Entendemos portanto que o ensaio não destrutivo a ser utiliza é previamente definido pelos procedimentos de inspeção, memoriais descritivos dos requisitos contratuais estabelecidos pelo cliente e/ou normas e documentos específicos complementares.
É importante destacar que cabe a engenharia de projeto especificar com base em normas específicas os métodos que devem ser utilizados.
A determinação do tipo de ensaio ou a combinação de métodos não é definida pelo inspetor, sendo este o executor do método de inspeção especificado.
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