top of page

Verificação do medidor de potencial eletroquímico

Objetivo


O objetivo deste artigo é descrever as condições mínimas para a execução do ensaio de medição de potencial eletroquímico pelo método direto conforme norma ABNT 16482. A verificação a seguir visa avaliar se o medidor de potencial eletroquímico está apto a realizar as medições e deve ser efetuada antes do início, nas interrupções, término das medições ou em casos de mau funcionamento do equipamento.


Todos os equipamentos envolvidos devem estar identificados e calibrados conforme norma, atendendo a todos os requisitos com o objetivo de evitar problemas futuros. É importante ressaltar que durante todo o tempo de uso, o medidor de potencial, o bloco padrão de zinco e os ECS's devem permanecer imersos no eletrólito.


Equipamentos necessários para realização do ensaio


- Medidor de potencial eletroquímico;

- Multímetro digital;

- Bloco padrão de zinco;

- Três (3) eletrodos de calomelano saturado (ECS's);

- Recipiente não metálico com dimensões que permitam a movimentação do medidor de potencial, favorecendo um giro de 360 graus em torno de seu eixo, mantido em condição submersa.


Passo a passo sequencial do ensaio


a) Abastecer o recipiente não metálico com água do mar ou solução de 3,0 a 3,5 % de NaCl (recomenda-se 30 litros de água para 1kg de sal);


b) Efetuar a limpeza de todas as faces metálicas do bloco padrão de zinco, com lixa d’água em água corrente, fora do recipiente não metálico antes de sua imersão;


c) Imergir o medidor de potencial eletroquímico e o bloco padrão de zinco no recipiente não metálico abastecido com água do mar, por no mínimo 60 minutos antes do início das medições;


d) Certificar de que todo ar existente no interior do medidor de potencial seja eliminado;


e) A extremidade da ponta de contato do medidor de potencial deve ser posicionada sobre uma das faces de 100 x 100 mm do bloco padrão de zinco;


f) Remover o protetor dos ECS's, lavar a extremidade dos eletrodos com água potável e imergir as extremidades dos três ECS's no recipiente não metálico, por no mínimo 15 minutos antes do início das medições;


g) Conectar o ECS número 1 (+) e o ECS número 2 (-) no multímetro, ler a diferença de potencial (ddp) e anotar o resultado;


h) Conectar o ECS 1 (+) e o ECS 3 (-) no multímetro, ler a diferença de potencial e anotar;


i) Conectar o ECS 2 (+) e o ECS 3 (-) no multímetro, ler a diferença de potencial e anotar;


j) São aceitáveis diferenças de ± 2 mV entre os ECS's, se todas as leituras estiverem na tolerância indicada, qualquer dos três ECS's podem ser utilizados (recomendável utilizar aquele que esteja com a ddp mais próximo de zero);


k) Se uma das leituras estiver fora da tolerância, o ECS não utilizado na leitura deve ser selecionado. Caso apenas uma das leituras estiver na tolerância, qualquer dos dois ECS´s empregados nesta leitura, pode ser utilizado;


l) Os ECS´s que apresentarem leituras fora da faixa aceitável devem ser substituídos. Após concluído o tempo mínimo de 60 minutos, efetuar a leitura do medidor de potencial eletroquímico e anotar o valor, assegurando que a leitura esteja estabilizada;


m) Conectar o bloco padrão de zinco ao polo positivo e o ECS selecionado ao polo negativo do multímetro;

n) Calcular a diferença entre as leituras de potencial: (Leitura do medidor de potencial) – (Leitura do bloco padrão de zinco com o ECS);


o) A diferença entre as leituras deve estar na faixa entre -13 a -3 mV, para que o medidor de potencial esteja apto a realizar as medições.


Ensaio realizado através de ROV


O mesmo processo anteriormente descrito pode ser utilizado para equipamentos de medição de potencial eletroquímico através de Probes instalados em veículos de operação remota.

É importante observar as conexões dos pinos específicos do conector do cabo do ROV para sua correta utilização, visando identificar qual o pino que corresponde ao contato com a semicélula e o pino de aterramento.


É necessária a execução da verificação da continuidade do circuito do ROV, visando identificar se o multímetro instalado junto ao sistema de monitoramento de dados do veículo está adequadamente calibrado.

Portanto existe a necessidade de que seja efetuada uma comparação entre um multímetro calibrado utilizado no ensaio e também as leituras obtidas pelo sistema de monitoramento do ROV.

Antes da instalação do medidor de potencial no veículo, o circuito elétrico a ser utilizado na medição deve ter sua continuidade elétrica testada da seguinte forma:

Medir com o multímetro calibrado a tensão de uma pilha alcalina e registrar o valor;


Em seguida conectar a mesma pilha ao terminal do cabo do veículo e registrar o valor indicado na garrafa eletrônica e/ou no monitor do sistema de controle do veículo, considerando-se aceitável a diferença de ± 2 mV;

Caso a diferença obtida seja superior a ± 2 mV, o inspetor deve providenciar o ajuste do sistema através da garrafa eletrônica do veículo ou então através do software de operação do veículo, seguindo as opções indicadas no monitor do sistema de controle do veículo, antes da instalação do medidor de potencial.

 

Ficou alguma dúvida? Então envie um e-mail para contato@multiend.com.br que estaremos prontos para tirar sua dúvida.


PS: Ah, se tiver algum assunto que gostaria de ver abordado por aqui, basta entrar em contato pelo mesmo e-mail ;)

60 visualizações
bottom of page